Friday, April 20, 2007
para o rato.
Como Iznogoud não é só ódio, vá-se lá saber como isto é possível, aproveita-se este espaço para parabenizar um amigo que nunca vi, não imaginário, sim real, amigo que nunca vi, mas que posso chamar de amigo, porque há pessoas que mesmo sem nunca as termos visto, sem nunca termos sequer trocado umas palavras, conseguimos adivinhar o seu interior e ver para além do invisível, com uma claravidência que às vezes nos impressiona a nós próprios. Sim, rato, és tu, não o da estação de metro da linha amarela, ou será azul, não sei, ando cada vez menos de metro. Rato, não aquele que rói a garrafa de rum do rei da Rússia, e muito menos aquele que é herói da Disney, desse mundo cruel e burguês inventado para reproduzir o ideário do sonho americano. (agora lembrei-me do Mattelart - acho que é assim que escreve - e do seu livro, que se não estou em erro se chama Para Ler o Pato Donald). Anyway, ratos há muitos, seja na sarjeta, ou nos vãos de prédios abandonados, ruínas por onde passo e onde vejo muito da nossa condição. Ratos e ratas, sim senhor. O feminino também é digno de ser utilizado, e eu conheço uma pessoa que teve uma fase em que andava sempre com a rata na boca, não o animal, coisa nojenta, não o sexo femino, se algumas mentes o pensaram, mas a palavra apenas. As palavras que como alguém escreveu são pedras e esta é uma grande lição. Rato que em francês é rata, coisa estranha, muda-se o género assim, sem pensar naquilo que as pessoas possam pensar, se algumas vão ficar ofendidas ou não, isso também não interessa, a gramática de uma língua tem destas coisas, algumas têm explicação, outras nem por isso, mas isso também não é o importante. Porque o importante é o rato e o rato é que é importante pelo menos para mim e por isso eu lhe desejo mais ainda do que aquilo que desejo para mim. Tanti Auguri A Te.
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